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Para Lévi-Strauss, não existe uma "diferença significativa entre o pensamento primitivo e o civilizado", declarou Díaz Maderuelo, pois a mente humana "organiza o conhecimento em processos binários e opostos que se organizam de acordo com a lógica" e "tanto o mito como a ciência estão estruturados por pares de opostos relacionados logicamente".
http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid285309,0.htm
Pelas contas , o velho Lévi-strauss em 28 de novembro deste ano , 2009 , fará 101 anos ! Extraordinário, alcançou uma idade com "código binário", hahah.
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MEMÓRIAS DE LÉVI-STRAUSS , em entrevista realizada em 1999
na íntegra http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0034-77011999000100002&script=sci_arttext
Beatriz: E quais seriam esses "odores do Brasil"?
Lévis-Strauss: "Há muitos outros odores, que emergem ao acaso. Lembro-me, por exemplo, que depois dos Nambikwara, estávamos indo na direção do Madeira, e ainda não era a floresta amazônica, era mais o campo, uma espécie de floresta seca, e de repente, montado no cavalo, vi no solo um campo de abacaxis selvagens. Bastava inclinar-se bem baixo, sem desmontar, para arrancar os frutos e comê-los. É uma das sensações gustativas e olfativas que ficaram porque não era como o abacaxi que conhecemos, era um abacaxi com um cheiro de framboesa absolutamente extraordinário. Há muitos e muitos outros cheiros, mencionei esse apenas como um exemplo... há ainda o cheiro do fumo, cheiro de fumo de rolo em toda parte. Aliás, era o que eu fumava, em folhas de milho, que davam ao tabaco um sabor e um cheiro muito muito particulares, que também ficou. Há também a pinga..."
Beatriz: O senhor gostava de pinga?
Lévi-Strauss: "Ah, sim, gostava muito! E me lembro também, da fabricação, uma vez por semana, da rapadura, nas fazendas do interior, para o consumo dos peões, de seus filhos e de suas famílias, isso também tinha um cheiro e um gosto muito especiais".
Beatriz: Durante as expedições, o senhor comia como os brasileiros, como a população regional?
Lévi-Strauss: "Na verdade, não havia população regional... enfim, havia, durante algum tempo, e depois, mais ninguém. Tínhamos feito grandes provisões: arroz e feijão, claro, e algo que chamavam de bolachas, que também constituem uma lembrança bem clara... ficavam duras como pedra… E também caçávamos..."
Beatriz: O senhor era bom caçador?
Lévi-Strauss:"Tenho vergonha de dizer, porque atualmente sou um opositor radical da caça, mas não era um mau caçador... e, o que é ainda mais lamentável, eu gostava disso".
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domingo, setembro 20, 2009
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