Um livro maravilhoso , que me emprestaram, traz a história de um tambor africano ( o djembe ) e de um menino de bom coração , Jamari , que sempre respeitou as tradições e os anciãos de sua aldeia. Ele se torna herdeiro de uma nobre e necessária missão : bater o djembe, o tambor da tradição ancestral, sem deixar de tocá-lo um único dia de sua vida. Mas Jamari cresceu e constituiu família , e “esqueceu” (deixou!) de tocar o djembe, então , tragédias começaram a acontecer. Desequilíbrios da natureza, medo e desespero transformam a vida da aldeia. Jamari , como os heróis de nossos desejos , vai salvar a sua aldeia tocando o djembe.
Entre as tantos lições possíveis desta pequena narrativa, está a idéia de que“quem não abandona suas tradições não arranja , nem provoca, encrencas”. Isso se você se encontrar em contexto cultural próprio. Senão vejamos , ao serem trazidos para o Brasil , os africanos tiveram que aguentar a carraspana das "sinhás" e dos "sinhôs", como bem lembra o compositor João da Baiana , "batuque na cozinha a sinhá não quer, por causa do batuque eu queimei meu pé". Aqui , seja no contexto "colonial" ou da "ex-colônia" , preservar elementos da cultura africana era "arranjar encrenca".
E incrivelmente , sem relação direta com o livro , conversava com uma jovem educadora, dias destes – a mesma que me emprestou o livro - e ela disse algo que seu irmão lhe dizia, algo como “quem se agarra aos livros não arranja encrencas”.
Livros e tambores podem ser formas de resistência, podem denotar a liberdade que queremos , mas ao mesmo tempo pode significar a dependência aos “fetiches” de nossa cultura. Não importa , são MÁGICOS e MARAVILHOSOS “fetiches” , os livros e os TAMBORES.
Entre as tantos lições possíveis desta pequena narrativa, está a idéia de que“quem não abandona suas tradições não arranja , nem provoca, encrencas”. Isso se você se encontrar em contexto cultural próprio. Senão vejamos , ao serem trazidos para o Brasil , os africanos tiveram que aguentar a carraspana das "sinhás" e dos "sinhôs", como bem lembra o compositor João da Baiana , "batuque na cozinha a sinhá não quer, por causa do batuque eu queimei meu pé". Aqui , seja no contexto "colonial" ou da "ex-colônia" , preservar elementos da cultura africana era "arranjar encrenca".
E incrivelmente , sem relação direta com o livro , conversava com uma jovem educadora, dias destes – a mesma que me emprestou o livro - e ela disse algo que seu irmão lhe dizia, algo como “quem se agarra aos livros não arranja encrencas”.
Livros e tambores podem ser formas de resistência, podem denotar a liberdade que queremos , mas ao mesmo tempo pode significar a dependência aos “fetiches” de nossa cultura. Não importa , são MÁGICOS e MARAVILHOSOS “fetiches” , os livros e os TAMBORES.
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