quinta-feira, janeiro 22, 2009

FRACTAIS PARA NÃO MATEMÁTICOS

No vídeo acima você encontra imagens e os seguintes poemas (lindos e necessários) , que tento passar para o nosso português , com toda licença!
A
I

A imagem do Oásis
habita nosso imaginário
desde tempos imemoriais.
Este lugar a que chegamos
à longas jornadas de penúrias,
e do qual partiremos amanhã
para seguir nossa viagem .
Porque não é outra coisa a vida
que este negócio de estar sempre "a caminho" .
De pronto alguém quis chegar por essa via,
e estar aí , a beira deste olho d´água , com sua pupila verde,
e ao derredor a sombra , o refúgio ,
um breve paraíso para nosso esforçado caminhar
e ser eternos ao menos por um dia.

POEMA de LUIS LANDERO

II

Apareceram manchas gris nas folhagens
da Árvore da Vida .
Manchas de morte e escuridão
Manchas gris de Homem, o que pisa forte,
o que tudo envenena, o que mata ,
o que arranca, o que calcina.
Apareceram manchas gris nas folhagens
da Árvore da Vida , e suas folhas choram
Quiçá, os (llantos) despertem o homem
e este entenda que ele morre,
se a árvore cai.
Quiçá amadureça ,
e abandone sua devastadora infância.
Quicá não morra.


Poema de Diego Escarlón

III
A
Estou em um lugar de minha memória que não recordo.
Não sei quem era você , nem quem sou eu .
Não sei se sofro, se gozo, se cheguei ao fim.
Se não tenho memória,
tampouco recordações e tempo passado.
E assim , continuamente, não paro de nascer,
infinitas vezes voltarei a nascer.
Você que quer saber quem eras
E cada dia se agita (... em seus caprichos)
Nunca mais (...voltará)

POEMA DE ÉRIKA LÓPEZ

IV

Observado do ar
parece uma árvore tombada, e enorme,
Com um tronco curto e grosso
Constituído por um núcleo central de sepulturas
De onde saem quatro poderosos ramos
contíguos em seu nascimento,
porém depois , em bifurcações sucessivas
se estendem até perder-se de vista,
formando uma frondosa copa ,
em que a vida e a morte se confundem.

POEMA DE JOSÉ SARAMAGO


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