Falo por mim , por minha real experiência como educadora . Coisas absurdas surgem dia após dia , cotidianamente, refletindo preconceitos , inabilidade de lidar com o "diferente", ignorância travestida de doutrina religiosa , desrespeito à cultura original dos afro-descendentes deste país. No ano letivo de 2007, fui proibida de levar ao final um projeto de estudos sobre cultura religiosa dos afro-descendentes, onde pretendia trazer um babalorixá para palestra na Escola, no mês da Consciência Negra. A resposta foi "não". Ao solicitar então , como alternativa, a visita , para palestra, de uma mãe de aluna que exercia na comunidade a função de ialorixá, fui proibida. A resposta foi "não". A falta de CULTURA é problema agudo . Quando A ESCOLA ( esta instituição que deveria representar as diferenças) vai perceber que combate com fraqueza e debilidade esse problema grave e forte que é a INTOLERÂNCIA RACISTA -RELIGIOSA ?
colaboração para a Folha, no Rio
Quatro integrantes da igreja evangélica Nova Geração de Jesus Cristo foram presos, acusados de invadir ontem à noite um centro de umbanda no Catete, zona sul do Rio de Janeiro, e quebrar cerca de 30 imagens religiosas, prateleiras e um ventilador. O caso foi registrado na 9ª DP (Catete).
Segundo uma das dirigentes do Centro Espírita Cruz de Oxalá, a advogada Cristina Maria Costa Moreira, 45, cerca de 50 pessoas aguardavam em fila a abertura do atendimento ao público, às 19h, quando Alessandro Brás Cabral dos Santos, Afonso Henrique Alves Lobato, Raimundo Nonato e uma jovem identificada apenas como Dominique chegaram ao local. De acordo com Moreira, eles ofenderam os presentes e forçaram a entrada na casa.
"Eles chegaram dizendo que queriam ver onde estava o demônio e foram direto para o terreiro", conta Celso Quadros, 52, outro dirigente do centro espírita. "Quebraram tudo, inclusive imagens que temos há 40 anos."
A advogada Sílvia Santana, 33, que estava na fila, disse que os evangélicos disseram estar agindo "em nome de Jesus" e acusaram os presentes de "adorar o demônio".
Policiais foram chamados ao local e levaram os invasores. Até o fechamento desta edição, os acusados ainda prestavam depoimento e não havia informação sobre seus advogados. Segundo o advogado que representa o centro de umbanda, Márcio Melo de Almeida, eles serão indiciados sob acusação de danos materiais e ultraje a culto.
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