“(...) , o saber é essencialmente uma maneira de o ser estar aquém. É uma maneira de se reportar aos eventos , conservando ao mesmo tempo o poder de não estar implicado neles. O sujeito é o poder do recuo infinito, o poder de achar-se sempre atrás do que nos acontece.”
In Emmanuel Lévinas , DA EXISTÊNCIA AO EXISTENTE, Ed. Papirus , p.55
In Emmanuel Lévinas , DA EXISTÊNCIA AO EXISTENTE, Ed. Papirus , p.55
Não sei se o filósofo acreditava no afastamento do sujeito, nesse "não estar implicado". Estamos totalmente "implicados" , não é ? Acho que ele quis dizer isso em "conservando o poder de não estar implicado", esse esforço de objetividadade nem sempre possível.
Curioso : Jacques Derrida escreveu "Adeus a Emmanuel Lévinas" ( no Brasil, editado pela Editora Perspectiva) . Derrida foi admirador do filósofo considerado "francês" , mas nascido numa família judaica na Lituânia em 1906 . Faleceu em 1995 .
Lévinas e Sartre , dois existencialismos : o levinasiano humanista ( o da alteridade) e o sartriano ( o da náusea)
.
Agora vou ler : em EDUCAÇÃO & SOCIEDADE , o artigo "EMMANUEL LEVINAS: PARA UMA SOCIEDADE SEM TIRANIAS", de Rossana Rolando. Parece interessante. Começa com uma citação de outro pensador , Léon Blum , bem apropriada as atividades educativas, "Nós trabalhamos no presente não para o presente" . E ainda apresenta o pensamento de Lévinas , que parte de questionamentos tais como: o homem chegou "tarde a um mundo que não nasceu de seus projetos".
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302001000300005
.